Águia-pesqueira

A águia-pesqueira (Pandion haliaetus) é uma ave de rapina de grande porte, com cor preta e branca em todo o seu corpo, com exceção das partes superiores que são ligeiramente acastanhadas. A cabeça é característica, pois tem uma espécie de máscara preta que é facilmente visível quando a ave está pousada.

A nível mundial esta espécie não se encontra em extinção, porém e Portugal encontra-se em grande perigo. Em Portugal esta ave pode ser encontrada nas grandes zonas húmidas costeiras mas apenas de passagem, durante as épocas migratórias. No Alentejo, pode ser observada no Estuário do Sado e em várias albufeiras, entre as quais a barragem do Alqueva.

Sendo uma ave que se alimenta apenas de peixe, a águia-pesqueira é dependente de zonas com peixe onde possa pescar durante todo o ano. A população Mediterrânica é estritamente marinha pelo que frequentam essencialmente albufeiras, estuários e zonas costeiras. Faz o ninho em falésias ou ilhéus rochosos com recurso a ramos, ervas ou desperdícios de redes de pesca e outros. Nos locais de invernada podem-se formar grupos ou ocorrer de forma isolada. Nestes locais, a espécie utiliza como dormitórios zonas planas e árvores localizadas perto de zonas de pesca.

A águia-pesqueira alimenta-se principalmente de peixes de médio porte, tanto de água doce ou como de água salgada, principalmente carpas, robalos, tainhas e sargos.

Quanto à reprodução, ambos os progenitores e ocupam da alimentação e proteção das crias embora os papéis sejam diferentes. Geralmente, o casal é territorial, protegendo o ninho de intrusos da própria espécie ou mesmo de outras espécies.

Há inúmeros factores que ameaçam a sobrevivência da espécie, entre os quais: perturbação e degradação dos locais de nidificação; abate ilegal; diminuição dos recursos alimentares e a poluição da água.

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