O Sável (Alosa alosa) é um peixe migrador da família Clupeidae. O corpo é lateralmente comprido e a sua cabeça é curta e triangular. Os dedos são muito pequenos, quase imperceptíveis ao olho humano, mesmo num exemplar de sável adulto. Os olhos são pequenos e a sua barbatana dorsal está situada ao nível das ventrais, sendo mais comprida que estas. Este peixe tem grandes dimensões, podendo atingir 70 centímetros de comprimento lateral e pesar até 4,5 kg. Normalmente as fêmeas são maiores que os machos e vivem até 8 anos.
Atualmente, está espécie é rara na Europa do Norte e no Reino Unido, e extinta em muitos rios europeus. Quanto a Portugal, a população de sável tem vindo a diminuir muito rapidamente, principalmente nos rios Tejo, Sado e Guadiana. Nos rios Mondego, Lima e Minho a espécie tem alguma expressão. Existem ainda populações lacustres, nomeadamente nas barragens de Castelo de Bode e Aguieira.
O sável desloca-se para as zonas superiores dos rios, onde encontra locais propícios à desova, que ocorre durante a noite. Cada fêmea, põe em média 50 mil ovos por cada quilo de peso. Depois da desova, os progenitores morrem. Os ovos eclodem ao sétimo dia e os jovens sáveis deslocam-se para estuários onde encontram alimento e permanecem cerca de um ano.
Durante a migração para as zonas de postura a espécie não se alimenta. A sua alimentação é constituída por pequenos crustáceos e alguns peixes. No mar alimenta-se apenas de crustáceos.
A área de distribuição da espécie diminuiu drasticamente devido à poluição das águas, à construção de barragens e a extracção de areia dos cursos de água. Em Portugal, a situação desta espécie é parecida ao que acontece no resto do Mundo, sendo por isso considerada uma espécie vulnerável no nosso território.