Garça-real europeia

A garça-real-europeia, também conhecida como garça cinzenta, é uma espécie de ave pernalta de hábitos solitários. Pertence à família dos ardeídeos e ao mesmo grupo que as cegonhas. Possui uma coloração maioritariamente cinzenta no dorso e branca do ventre, pescoço e cabeça. Apresenta ainda uma lista negra que se estende do olho até ao final das penas salientes na cabeça. Tal como nome indica, é uma espécie europeia, mas graças a fenómenos de introdução artificial, esta ave pode também ser encontrada em alguns locais da África. Chega a medir quase um metro e a sua envergadura ultrapassa os 180 centímetros. Pode viver durante vinte e cinco anos e atingir os dois quilogramas.

A sua distribuição está restrita aos continentes Europeu, Africano e Asiático. Nestes últimos, a sua população ocorreu graças à sua introdução, tornando-se então uma espécie exótica. Na Europa, a zona mediterrânica está na sua área de preferência, nomeadamente em Espanha e Portugal. A nível nacional, a sua distribuição é quase homogénea, sendo encontrada no Sul com mais frequência. O seu habitat preferido são os fluxos hídricos de baixa profundidade, podendo ser encontrada também em zonas costeiras, como o estuário do Sado.

Alimenta-se principalmente de peixes, ainda que também possa comer outros animais como, insectos, anfíbios, repteis e até pequenos mamíferos, cujos pelos são regurgitados à semelhança do que fazem outras espécies de aves. Pelo contrário, o seu sistema digestivo está preparado para tratar das espinhas.

Tal como quase todas as aves, as garças reproduzem-se um pouco antes e depois da Primavera, estendendo-se a sua época de acasalamento de Fevereiro a princípios de Julho. Apesar dos seus hábitos, quando neste período, podem encontrar-se em colónias. Os ninhos são achatados, semelhantes aos das cegonhas. As fêmeas colocam entre 3 e 6 ovos. Os mesmos são cobertos pelos dois progenitores durante um mês. Aos cinquenta dias, as crias já começam a voar e abandonam os ninhos passadas oito a nove semanas.

Como não é um factor de prejuízo para o Homem, não se encontra num estado de conservação muito preocupante. Ainda assim, e tal como todas as espécies, deve ser preservada, pois é bastante importante nos ecossistemas e cadeias alimentares em que se encontra.

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