Grou comum

O grou comum é uma ave de grandes dimensões pertencente à ordem dos Gruiformes. Apresenta um tamanho um pouco superior que a garça-real, chegando a medir um metro e vinte centímetros. A sua envergadura atinge os dois metros e cinquenta centímetros. A sua coloração é maioritariamente cinzenta, perto do prateado. O pescoço é negro e na parte posterior tem uma faixa branca. O alto da cabeça é vermelho. Tem ainda algumas penas volumosas na cauda. Voa em formação de V. Enquanto tal, os indivíduos esticam o pescoço e emitem vários sons.

Esta espécie estende-se por todo o Paleárctico, à excepção do Norte de África. Actualmente, encontra-se extinta em Espanha. Apenas vai para lá no Outono e no Inverno, quando o tempo se torna maios agreste no Norte da Europa. Em Portugal, o Alentejo é a maior área de observação do grou. Existem quatro principais pontos, sendo um deles Moura, perto de Serpa.

A preferência pelo habitat vai da taiga boreal até á florestas caducifólias. Encontram-se em turfeiras desarborizadas, pântanos, em áreas húmidas dominadas por urzes ou junto a lagos. Para nidificar, preferem as terras baixas, embora possam reproduzir-se a cerca de dois quilómetros de altitude. No Outono, podem ser encontrados perto de campos agrícolas, constituindo os mesmos os locais de eleição para a alimentação dos grous.

Os grous comuns são principalmente herbívoros. Alimentam-se de rebentos de plantas, bolotas, cereais e ainda algumas herbáceas. Apesar disso, a sua dieta é muito mais completa: pode comer invertebrados, como caracóis, lesmas e insectos; e pequenos anfíbios e lagartos.

Os ninhos desta ave são feitos no chão, ou então em águas pouco profundas. Os mesmos são volumosos e são construídos com vegetação pelo macho e pela fêmea, que depois o reutilizam de ano a ano. O seu ritual de acasalamento é bastante emblemático, sendo o mesmo constituído por uma dança a pares, com vénias e alguns saltos. Os dois progenitores tratam ciclicamente dos dois ovos (é este o número comum).

Esta espécie encontra-se em declínio. As principais causas para tal acontecimento são a caça furtiva, a destruição e alteração dos habitats e o abandono dos campos de cultivo.

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